A vida como biocapital – futuros biológicos, uma aposta dos bancos privados de células-tronco de cordão umbilical no Brasil

Autores

  • Dolores Galindo Universidade Federal de Mato Grosso
  • Flávia Silveira Lemos Universidade Federal do Pará
  • Renata Rodrigues Universidade Federal de Mato Grosso

Resumo

Com o desenvolvimento da biotecnomedicina contemporânea aliada ao neoliberalismo, a saúde e a vida são entrelaçadas a um emergente mercado de biocapitais. Nas camadas médias brasileiras, ao lado das preconizadas preocupações com a saúde do recém-nascido, busca-se, também, garantir o futuro por meio da contratação de biobancos privados especializados na coleta e armazenamento de células-tronco do cordão umbilical e tecido placentário. Tais empresas adquirem condições de existência numa lógica neoliberal baseada no medo e pela colocação em cena de mecanismos de segurança que atuam enquanto anteparos às incertezas que assolam, cada vez mais, as práticas de governo da vida. Mobilizados pela bioeconomia, o sangue do cordão umbilical e do tecido placentário são transformados em capitais de risco biológico que oferecem a participação na promessa de uma biotecnologia comercial e uma aposta na cura de doenças existentes e outras sequer imaginadas.

Palavras-chave

Biopolítica, Células-tronco do cordão umbilical, Dispositivos de segurança, Biobancos

Biografia do Autor

Dolores Galindo, Universidade Federal de Mato Grosso

Vice-coordenadora do Programa de Estudos Pós-graduados (mestrado) em Estudos de Cultura Contemporânea ECCO e docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1999), mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e doutorado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006), com Doutorado Sanduíche na Universidade Autônoma de Barcelona (2004). líder do Grupo de Pesquisa Ciências, Tecnologias e Contemporâneo (Lab.teCC) e mebro do grupo Práticas Discursivas e Produção de Sentidos. É membro do GT Cotidiano e práticas sociais da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP). Vice-Presidente da Regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO (2012-2013)

Flávia Silveira Lemos, Universidade Federal do Pará

Profa. no Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFPA. Professora de Psicologia Social/UFPA. Professora no Prog. de Pós-grad. em Educação da UFPA. Conselheira Titular no Conselho Federal de Psicologia. Integra o Fórum Frente à Medicalização da Educação e da Sociedade. Possui graduação em Licenciatura, bacharelado e formação em Psicologia/UNESP. É Mestre em Psicologia e Sociedade/UNESP. Tem Doutorado em História Cultural/UNESP. Coordenadora do Prog. de Pós-grad. em Psicologia da UFPA. Membro do Conselho da Faculdade de Psicologia da UFPA.Secretária adjunta do Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Bolsista de produtividade em pesquisa CNPQ PQ2

Renata Rodrigues, Universidade Federal de Mato Grosso

Mestranda do Programa de Pós-graduação Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO) e graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (CAPES). É membro do Grupo de Pesquisa Ciências, Tecnologias e Contemporâneo (Lab.teCC) e do grupo Práticas Discursivas e Produção de Sentidos PUCSP.

Publicado

16-06-2014

Como Citar

Galindo, D., Lemos, F. S., & Rodrigues, R. (2014). A vida como biocapital – futuros biológicos, uma aposta dos bancos privados de células-tronco de cordão umbilical no Brasil. thenea igital. evista e ensamiento investigación ocial, 14(2), 255–274. https://doi.org/10.5565/rev/athenea.1198

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