Participação política juvenil e constituição de gênero: uma questão para a psicologia do desenvolvimento

Autors/ores

  • Maria Cláudia Santos Lopes De Oliveira Universidade de Brasília
  • Adriana Almeida Camilo Universidade de Brasília

Resum

Os modos predominantes da subjetividade, na juventude contemporânea, definidos em torno do consumo, podem colaborar para a preponderância de formas de organização subjetiva que não se mostrem comprometidas com a participação social e política. Este trabalho concentra-se em discutir o papel da participação política para a constituição subjetiva e construção da cidadania de adolescentes e jovens. A relação entre identidade e compromisso político é discutida considerando-se dois estudos de caso extraídos de um projeto de pesquisa anterior no campo da diversidade de gênero. O foco da análise é compreender o papel potencialmente desempenhado pela experiência no ativismo político sobre as trajetórias de desenvolvimento e constituição da subjetividade de ativistas, tomando por base eventos de autoapresentação narrativa, em situação de entrevista.

Paraules clau

Juventude, Participação política, Identidade, Desenvolvimento humano

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Biografies de l'autor/a

Maria Cláudia Santos Lopes De Oliveira, Universidade de Brasília

Psicóloga, professora Adjunto do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento da Universidade de Brasília edo Programa de Pós-graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde. Pesquisas sobre adolescência e juventude no contexto contemporâneo.

Adriana Almeida Camilo, Universidade de Brasília

Psicóloga do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Mestre em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde pela Universidade de Brasília, Especialista em Psicologia Clínica na Abordagem Gestáltica

Publicades

16-06-2014

Com citar

Lopes De Oliveira, M. C. S., & Camilo, A. A. (2014). Participação política juvenil e constituição de gênero: uma questão para a psicologia do desenvolvimento. Athenea Digital. Revista De Pensamiento E investigación Social, 14(2), 95–115. https://doi.org/10.5565/rev/athenea.1160

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