Rotas Críticas: Desatar nós para fazer laços
Resumo
Este artigo baseia-se na experiência desenvolvida em oficinas de escrita com a equipe do Ambulatório de Atenção às Situações de Violência do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre/RS. Esta atividade fez parte da pesquisa A construção identitária na adolescência em contextos violentos na perspectiva da Clínica em Saúde Mental. Relatamos o trabalho que precisa ser operado para fazer frente aos desafios no atendimento em saúde coletiva, diante da realidade da violência em um contexto de vulnerabilidades sociais. Analisamos através dos diários de bordo e discussões de casos as rotas críticas no atendimento à problemática da violência, na perspectiva da integralidade e da intersetorialidade. Ressaltamos a importância de associar a escuta implicada à análise institucional em um trabalho que precisa ser construído como desejo e pactuado entre instituição, equipes e rede de serviços que acolhem pessoas que vivem em contextos violentos.
Palavras-chave
Violência, Rotas críticas, Saúde coletiva, Rede de atençãoReferências
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