Vidas humanas versus muertes virales: ¿quién puede vivir con virus?

Autores/as

Resumen

Este artigo se propõe um ensaio teórico e trata da distribuição diferencial da morte diante das epidemias virais. Tomaremos a pandemia presente de Sars-CoV-2 em articulação com a epidemia de HIV, a fim de compreender como são erguidas e sustentadas barreiras que dividem os humanos em grupos, pelas quais se decide quem pode ou não morrer de uma doença viral. Pensando a partir do feminismo e da crítica ao excepcionalismo humano de Donna Haraway, sua teoria é articulada às noções de biopolítica, necropolítica e enquadramento normativo, de modo a situar as relações entre alguns humanos e estes vírus, considerando os atravessamentos como raça, gênero e sexualidade. Por fim, é possível entender que, mesmo sem qualquer evidência científica que justifique encontros fatais entre alguns humanos e vírus, as histórias produzidas sobre estes patógenos orientam quem vive ou morre no contato com eles.

Palabras clave

AIDS, Pandemia, Virus, Especie humana

Citas

Butturi Junior, Atilio (2018). As narrativas de si e a produção da memória do HIV na campanha O Cartaz HIV Positivo. Linguagem em (Dis)curso, 18(2), 393-411. https://doi.org/10.1590/1982-4017-180208-12217

Butler, Judith (2014). Regulações de Gênero. Cadernos pagu, 42, 249-274. https://doi.org/10.1590/0104-8333201400420249

Butler, Judith (2009/2017). Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto. (3 ed.). Civilização Brasileira.

Com mais de 200 infectados, Hutukara alerta sobre cenário de pandemia nas terras indígenas em RR. (2020, 29 de julho). Boa Vista Já. https://boavistaja.com/destaque/2020/07/29/com-mais-de-200-infectados-hutukara-alerta-sobre-cenario-de-pandemia-nas-terras-indigenas-em-rr/

Foucault, Michel (1975/1999). Em defesa da sociedade: Curso no Collége de France. Martins Fontes.

Foucault, Michel (1976/2014). História da Sexualidade: A vontade de saber. Paz e Terra.

Fraiberg, Allison (2013). Of AIDS, Cyborgs, and Other Indiscretions: Resurfacing the Body in the Postmodern. PostmodernCulture, 1(3). https://doi.org/10.1353/pmc.1991.0013

Giorgi, Gabriel (2017). Política de la supervivência. Kamchatka. Revista de análisis cultural, 10, 249-260. https://doi.org/10.7203/KAM.10.10634

Hallal, Pedro; Harwig, Fernando P.; Horta, Bernardo l.; Silveira, Mariângela F.; Struchiner, Claudio J.; Vidaletti, Luís P.; Neumann, Nelson A.; Pellanda, Lucia C.; Dellagostin, Odir A.; Burattini, Marcelo N.; Victora, Gabriel D.; Menezes, Ana, M. B.; Barros, Aluísio J. D. & Victora, Cesar G. (2020). SARS-CoV-2 antibody prevalence in Brazil: results from two successive nationwide serological household surveys. The Lancet, 8(11), 1390-1398. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(20)30387-9

Haraway, Donna. J. (1995). Saberes Localizados: a questão da ciencência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773

Haraway, Donna. J. (1999). Las promesas de los monstruos: Una política regeneradora para otros inapropiados/bles. Política y Sociedad, 30, 121-163. https://revistas.ucm.es/index.php/POSO/article/view/POSO9999130121A

Haraway, Donna. J. (2003). The companion species manifesto: Dogs, peoploe, and significant otherness. Prickly Paradigm Press.

Haraway, Donna. J. (2008). When species meet. University of Minnesota Press.

Haraway, Donna. J. (2016). Staying with the trouble: Making kin in the Chthulucene. Duke University Press.

Haraway, Donna J., & Azerêdo, Sandra (2011). Companhias multiespécies nas naturezaculturas: uma conversa entre Donna Haraway e Sandra Azerêdo. In Maria. E. Maciel (Org.), Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica (pp. 389-417). EdUFSC.

Joint United NationsProgrammeon HIV/Aids (2017, 20 de novembro) Dia da Consciência Negra: racismo e discriminação ainda reforçam vulnerabilidade da população negra ao HIV. UNAIDS. https://unaids.org.br/2017/11/dia-da-consciencia-negra-racismo-e-discriminacao-ainda-reforcam-vulnerabilidade-da-populacao-negra-ao-hiv/.

Junqueira, Rogério D., & Prado, Marco A. (2020, 7 de julho). A gestão ético-política da pandemia no Brasil: "Grupo de risco" E normalização da catástrofe. Direito à Educação. https://campanha.org.br/analises/rogerio-diniz-junqueira/gestao-etico-politica-da-pandemia-de-covid-19-no-brasil-grupo-de-risco-e-normalizacao-da-catast/

Kopenawa, Davi & Albert, Bruce (2019). A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras.

Krenak, Ailton (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. SCHWARCZ S.A.

Lorenzini, Daniele (2020, 14 de abril). Biopolítica nos Tempos do Coronavírus. Instituto Humanitas. UNISINOS. http://www.ihu.unisinos.br/598029-biopolitica-nos-tempos-do-coronavirus-artigo-de-daniele-lorenzini?fbclid=IwAR1I8HekLk-oHb88zHKCWWQqW10H7L26UbWA2-oCmPHANKbGav5Noe-WS2w

Mason, Katherine A. (2015). H1N1 Is Not a Chinese Virus: the Racialization of People and Viruses in Post-SARS China. St Comp Int Dev, 50, 500–518. https://doi.org/10.1007/s12116-015-9198-y

Mbembe, Achille (2016). Necropolítica. Arte & Ensaios, 32, 122-151. https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993

Ministério da saúde (2017). Boletim Epidemiológico HIV/Aids. Autor.

Oliveira, João M. (2013). Cidadania sexual sob suspeita: uma meditação sobre as fundações homonormativas e neo-liberais de uma cidadania de “consolação”. Psicologia & Sociedade, 25(1), 68-78. https://doi.org/10.1590/S0102-71822013000100009

Patton, Cindy (1990). Inventing ‘african aids’. New formations, (10), 25-39. https://banmarchive.org.uk/new-formations/number-10-spring-1990/inventing-african-aids/

Pelucio, Larissa (2007). Ativismo soropositivo: a politização da AIDS. Ilha Revista de Antropologia, 9(1,2), 119-141. https://doi.org/10.5007/%25x

Pelúcio, Larissa & Miskolci, Richard. (2009). A prevenção do desvio: o dispositivo da aids e a repatologização das sexualidades dissidentes. Sexualidad, Salud y Sociedad, 1,125-157. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=293322961007

Preciado, Paul B. (2020, 28 de março). Aprendiendo del virus. El País. https://elpais.com/elpais/2020/03/27/opinion/1585316952_026489.html

Quilombo sem covid (s/d). Recuperado em 20 de agosto de 2020, de https://quilombosemcovid19.org/

Rabinow, Paul & Rose, Nikolas (2006). O conceito de biopoder hoje. Revista de Ciências Sociais, 24, 27-57. https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/6600

Sanz, Beatriz (2020. 13 de junho). Como o coronavírus está afetando as comunidades quilombolas. UOL. https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/06/13/como-o-coronavirus-esta-afetando-as-comunidades-quilombolas.htm.

Segata, Jean (2020). Covid-19, biossegurança e antropologia. Horiz. antropol., 26(57), 275-313. https://doi.org/10.1590/S0104-71832020000200010

Sontag, Susan (2007). Doença como metáfora/ AIDS e suas metáforas. Companhia de bolso.

Treichler, Paula A. (1987). AIDS, homophobia and biomedical discourse: An epidemic of signification. Cultural Studies, 1(3), 263-305. https://doi.org/10.1080/09502388700490221

Trevisan, João S. (2018). Devassos no Praraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade (4 ed.). Objetiva.

Viveiros de Castro, Eduardo (2020, 19 de maio). O que está acontecendo no brasil é um genocídio. n-1. https://www.n-1edicoes.org/textos/104

Wallace, Rob (2020). Pandemia e agronegócio. Editora Elefante.

Publicado

09-01-2023

Cómo citar

Incrocci, C., Beiras, A., Toneli , M. J. F., & Oliveira, J. M. de. (2023). Vidas humanas versus muertes virales: ¿quién puede vivir con virus?. thenea igital. evista e ensamiento investigación ocial, 23(1), e3255. https://doi.org/10.5565/rev/athenea.3255

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.