Nuestro racismo diario: contradicciones de una sociedad racialmente democrática
Resumen
Este artigo tem como objetivo traçar reflexões teórico-conceituais sobre a temática do racismo no Brasil. Partindo da obra de decolonialistas latino americanos assinalamos, inicialmente, que as matrizes históricas do racismo no país são desdobramentos da colonização europeia e do pensamento eurocêntrico na modernidade. Em seguida, discutimos a história do racismo no Brasil, enfocando-a em períodos após a abolição da escravidão marcados, especialmente, pela ideologia do embranquecimento, num primeiro momento, e pelo mito da democracia racial, a partir da era Vargas. Neste tópico, trouxemos dados acerca da grave situação de desigualdade social entre negros e brancos que persiste no país. Buscamos, assim, nos somar com vozes ético-críticas que reivindicam que a violência desta experiência cotidianamente vivida pela maior parcela da população não mais seja desqualificada e naturalizada, mas explicitamente revelada. Apenas desta maneira, medidas efetivas contra o racismo estrutural poderão ocorrer, afastando esse insidioso espectro que reincide constantemente nas sociabilidades brasileiras.Palabras clave
Preconceito Racial, Colonização, Psicologia Social, Democracia RacialCitas
Almeida, Silvio (2018). O que é Racismo Estrutural. Letramento.
Almeida, Marcus V.L. (2018). A Lógica do Espectro: romance histórico, necromancia e o lugar do morto. Dissertação de Mestrado do Programa Literatura e Crítica Literária. PUC-SP.
Arendt, Hanna (1999). Eichmann em Jerusalém, um relato sobre a banalidade do mal. Companhia das Letras.
Carone, Iray & Bento, Maria A. S. (2002). Psicologia Social do Racismo. Petrópolis. Vozes.
Cunha, Euclides (1995). Os Sertões: campanha de Canudos. Francisco Alves.
Deus, Zélia A. (2008). O Herdeiros de Ananse: movimento negro, ações afirmativas, cotas para negros na universidade. Tese de Doutorado em Ciências Sociais, Universidade Federal do Pará.
Dostoiévski, Fiódor (2016). Crime e Castigo. L&PM
Dussel, Enrique (2000). Ética da Libertação. Vozes.
Fanon, Frantz (2008). Pele Negra Máscaras Brancas. Ed. UFBA.
Fernandes, Florestan (2007). O Negro no Mundo dos Brancos. Global Editora.
Fernandes, Florestan e Bastide, Roger (2008). Brancos e Negros em São Paulo. Global Editora.
Freyre, Gilberto (1992). Casa Grande e Senzala. Record.
Geledés Instituto da Mulher Negra (2017). Yasmin Costa e o Feminicídio que Mata mais Mulheres Negras no Brasil. https://www.geledes.org.br/yasmin-costa-e-o-feminicidio-que-mata-mais-mulheres-negras -no--brasil/
Gonzalez, Lélia (1988, jan/jun). A Categoria Político-Cultural de Amefricanidade. Revista Tempo Brasileiro, 92/93, pp. 69-82.
Gonzalez, Lélia (2018). Lélia Gonzalez: primavera para as rosas regras. UCPA Editora.
Guimarães, Antônio S. A. (2004). Preconceito e Discriminação. Editora 34.
Guimarães, Antônio S. A. (2009). Racismo e Antirracismo no Brasil. Editora 34.
Hasenbalg, Carlos (2005). Discriminação e Desigualdades Raciais no Brasil. Ed. UFMG.
Holanda, Sérgio B. (2006). Raízes do Brasil. Companhia das Letras.
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) & Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) (2018). Atlas de Violência. https://forumseguranca.org.br/anuário-brasileiro/2017
Lander, Edgardo (2005). A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Clacso.
Laplantine, François (2003). Aprender Antropologia. Brasiliense.
Lima, J.C. (2018, 24 de fevereiro). Recuperação de Emprego Favorece Homens Brancos. Folha de S. Paulo, p. A17.
Lippold, Walter G. R. (2016). A África de Fanon: atualidade de um pensamento libertário. In José R. Macedo (Org.), O Pensamento Africano no Século XX (pp. 199-228). Outras Expressões.
Mbembe, Achille (2018). Crítica da Razão Negra. N-1.
Miglievich-Ribeiro, Adélia (2014). Por uma Razão Decolonial: desafios ético-político epistemológico à cosmovisão moderna. Revista Civitas, 14(1), 66-80.
Perrin, F. (2017, 5 de Maio). Diferença entre Brancos e Negros Cresce com Desemprego. Folha de S. Paulo, p. A25.
Quijano, Aníbal (2010). Colonialidade do Poder e Classificação Social. In, Boaventura S. Santos & Maria Paula Meneses (Orgs.), Epistemologias do Sul (pp. 84-130). Vozes.
Ribeiro, Djamila (2017). Lugar de Fala. Feminismos Plurais/Letramento.
Santos, Boaventura S. (2010). Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In, Boaventura S. Santos & Maria Paula Meneses (Orgs.), Epistemologias do Sul (pp. 31-83). Vozes.
Schwarcz, Lilia M. (2009) O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. Companhia das Letras.
Schwarcz, Lilia M. & Starling, Heloisa M. (2015). Brasil: uma biografia. Companhia das Letras.
Sodré, Muniz (2015). Claros e Escuros: identidade, povo, mídia e cotas no Brasil. Vozes.
Souza, Jessé (2012). A Construção Social da Subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Ed. UFMG.
Souza, Jessé (2017). A Elite do Atraso: da escravidão à lava jato. Leya.
Publicado
Cómo citar
Descargas
Derechos de autor 2021 alexandre bonetti lima
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.